Quando falamos da economia de recorrência, esse método de se realizar negócios ganhou destaque por meio dos serviços de streaming, mas o modelo tem outros pilares de sustentação. De acordo com a Subscription Trade Association (SUBTA), organização especializada em assinaturas, os pilares são:
Caixas de assinatura: geralmente são produtos de nicho, como vinhos, cosméticos ou livros. Nesse modelo, as empresas enviam mensalmente ou semanalmente caixas contendo diversos itens para a casa do cliente;
SaaS (Software as a Service): a espinha dorsal do licenciamento de software. Em vez de fazer uma compra, os consumidores se inscrevem em um serviço e podem executar o software em seus computadores. Apple, Adobe e Microsoft são exemplos de empresas que utilizam o modelo;
Associação: Aqui, os consumidores podem pagar dinheiro para se tornarem membros de empresas. Com isso, eles têm direito a informações exclusivas sobre os produtos;
Subscribe Save: nesse processo, os clientes podem solicitar a entrega de diversos produtos repetidamente. Geralmente é usado para compras repetidas em supermercados;
Assinaturas Digitais: utilizadas principalmente para plataformas e aplicativos digitais. Ao se tornar assinante, o consumidor tem acesso a conteúdo, produtos e serviços de tecnologia exclusivos;
Mídia e Broadcasting: É o pilar mais popular e utilizado atualmente, e inclui plataformas como Spotify, Netflix, Apple Music e outras. Nesse pilar, os consumidores assinam serviços de áudio e vídeo e podem acessar conteúdos disponibilizados pelas empresas.
Os impactos da Subscription Economy nos negócios
Com a ascensão desse modelo, as oportunidades para empresas de diversos setores adotá-lo crescem também, e há muitos exemplos para mostrar a ascensão da economia de assinaturas. Setores tradicionais, como o automobilístico, já estão comprometidos com a nova era dos negócios. Volvo, Porsche, Nissan e Mercedes-Benz são alguns dos fabricantes de automóveis que começaram a oferecer carros premium.
Dessa forma, os compradores não precisam se preocupar com a papelada e outros regulamentos associados à posse de um carro. A popularidade dos criadores de conteúdo em plataformas como TikTok, Instagram e Youtube fez com que as redes sociais mais populares olhassem para a Economia da Assinatura como forma de aumentar sua receita.
O TikTok, por exemplo, anunciou em janeiro que estava testando se seu público estaria interessado em assinaturas pagas. O YouTube foi além e já permite que os criadores ofereçam conteúdo exclusivo aos assinantes.
Além disso, o sucesso do modelo Substack – plataforma online que oferece serviços de publicação, pagamento e análise de newsletters por assinatura – destacou conteúdos especializados ou de nicho criados por jornalistas e escritores.
Lançada em 2017, a plataforma já ultrapassou 250 milhões de assinantes pagos até 2021. E todas essas mudanças causadas pela manutenção da assinatura são refletidas nos dados. De acordo com um estudo da eLabs, o mercado de assinaturas de membros crescerá 1,3 trilhão na próxima década.
Previsões para o varejo
Agora quando falamos de uma previsão para esse setor em crescimento, especialistas afirmam que em um futuro próximo, os empreendedores e lojistas, irão começar a vender acessos, ao invés de vender produtos. O que isso significa? Em um mundo onde a mudança é a constante, e de forma cada vez mais rápida e impactantes, os consumidores preferem a liberdade de um serviço por assinatura do que a obrigação da posse. O relatório Subscription Economy Index, conduzido por Zuora, revelou que a economia de assinaturas aumentou mais de seis vezes em tamanho entre 2012 e 2020.
A pesquisa End of Ownership, também realizada pela Zuora, mostrou que os consumidores esperam conveniência, seja na hora de pegar transporte, roupas ou até compras de supermercado. Tanto que os novos serviços de assinatura de alimentos já são alguns dos mais populares do mundo, perdendo apenas para o streaming.
Os dados comprovam que, cada vez mais, os consumidores querem estabelecer uma relação de confiança com marcas e empresas, priorizando aquelas que entregam exclusividade e variedade. Para dar uma perspectiva, o Gartner prevê que 75% das empresas de marketing oferecerão serviços de assinatura até 2023. Portanto, você deve ser flexível para ter sucesso na idade de registro econômico.