Quando falamos em desastres naturais, podemos ver de perto uma maior frequência de desastres ambientais devido à emissão desenfreada de gases de efeito estufa (GEE). Hoje, os debates sobre as mudanças climáticas preocupam governos e até empresas em todo o mundo, que agora almejam se tornar Net Zero. Ligado diretamente ao ESG (Ambiental, Social e Governança), o Net Zero visa reduzir drasticamente o uso de fontes de energia fóssil, como petróleo e carvão, que contribuem para o agravamento dos desastres ambientais.

Mas para que isso aconteça, empresas, governos e sociedade civil devem assumir o compromisso Net Zero. Para te ajudar a entender melhor esse tema, preparamos um conteúdo completo sobre o que é Net Zero, sua importância e impacto nas empresas.

O que é Net Zero?

O termo Net Zero é uma abreviação de Net Zero Carbon Emissions, que significa zero emissão líquida de carbono (CO2) em português. É um compromisso que, como o nome sugere, visa reduzir ou eliminar ao máximo as emissões de carbono e, assim, desacelerar o processo de aquecimento global e as mudanças climáticas.

Dessa forma, podemos definir o Net Zero como um contrato entre a humanidade e o planeta Terra, que inclui sociedade civil, empresas e governos.

Neutralidade carbônica x Net Zero

Quando se fala em reduzir as emissões de carbono, é comum se confundir entre neutralidade carbônica e zero líquido. No entanto, os dois conceitos têm diferenças importantes:

De acordo com o Greenhouse Gases Protocol, a neutralização de carbono consiste na redução das emissões de gases e sua compensação. O Net Zero vai um pouco além: visa também compensar as emissões produzidas por toda a cadeia produtiva, ou seja, fornecedores, parceiros, colaboradores externos e até clientes.

Net Zero nas empresas brasileiras: uma breve visão

A 25ª Annual Global CEO Survey da PwC revelou que as empresas brasileiras estão mais engajadas em compromissos Net Zero do que a média global, mas o país ainda tem um longo caminho a percorrer. De acordo com o levantamento, 27% das empresas brasileiras fizeram algum tipo de compromisso net zero, enquanto a média global é de 22%.

Em contrapartida, 38% dos executivos no Brasil dizem não estar comprometidos com o movimento net-zero, enquanto 43% das empresas brasileiras não têm compromissos de carbono neutro alinhados com metas científicas.

Por que as empresas querem ser neutras em carbono?

Como mencionamos acima, o ESG já está na mira de empresas de diversos portes e segmentos. O ano de 2023 também será decisivo para as políticas ESG e para as empresas. Isso porque, já em 2022, o Pacto Global da ONU lançou no Brasil uma ferramenta para ajudar as empresas a implementar a agenda ESG.

A Trilha dos Direitos Humanos pode ser vista como uma espécie de termômetro que mede o nível de comprometimento e envolvimento das empresas com as diretrizes ambientais, sociais e de governança. Diante desse contexto, muitas empresas estão se perguntando como se tornar Net Zero.

Afinal, a agenda climática deixou de ser um problema e se tornou um alerta urgente. As empresas que não se engajam nas questões sociais e ambientais podem, portanto, sofrer danos à sua imagem e, consequentemente, aos seus lucros. A implementação de uma verdadeira agenda ESG e o posicionamento do Net Zero serão, portanto, críticos para a sobrevivência e competitividade dos negócios.

Como empresas podem se tornar Net Zero?

Não há dúvida de que se tornar uma empresa Net Zero é um grande desafio. No entanto, é um compromisso que garantirá a sobrevivência e o bem-estar de toda a população, o que também tem implicações empresariais a médio e longo prazo. Dessa forma, as empresas que desejam se tornar Net Zero devem adotar uma estratégia multifacetada para reduzir as emissões de carbono das operações internas e externas e de toda a cadeia produtiva. Mas como fazer isso?

Assim como em outros processos, a tecnologia pode ser uma grande aliada para iniciar a jornada do Net Zero. Com base em maior digitalização e dados precisos, as empresas podem começar a entender as emissões e, assim, trabalhar para reduzi-las. Isso significa que a busca pela neutralidade carbônica passa pela utilização desses recursos, sempre com o objetivo de integrar essa cadeia de valor.