Após um ano cheio de desafios e incertezas como foi 2022, inúmeros varejistas se viram forçados a se adaptar aos novos modelos de negócios e vendas, 2023 deve ser um período de consolidação e cristalização.

Felizmente, a maioria das empresas já entendeu a necessidade de ter um e-commerce. Por exemplo, a UPS revela que 87% das PMEs no Brasil já vendem online de alguma forma. Isso inclui lojas virtuais próprias, marketplaces e até vendas pelas redes sociais. Estamos agora focados na otimização dos canais, nas novas oportunidades que neles surgem e na integração com o ambiente off-line. Mas quais são as maiores tendências do varejo para 2023?

As previsões para 2023

A Opinion Box, em parceria com a Dito, realizou recentemente uma pesquisa de Tendências do Varejo 2023 com algumas expectativas para o setor tanto no comércio físico quanto no e-commerce. Para isso, mais de 2.000 consumidores brasileiros foram entrevistados para revelar seu comportamento de compra. Veja o que os dados da pesquisa dizem sobre o futuro do varejo.

Tendência 1: jornada do comprador híbrido

Entrevistas com a Opinion Box mostram que nos últimos 12 meses até julho de 2022 porcentagens quase iguais do público compraram online e em lojas físicas.

  • 73% compraram online em sites e lojas virtuais
  • 70% comprados em lojas físicas

No entanto, como está se tornando cada vez mais aparente, o virtual e o presencial costumam se misturar. Chamamos esse fenômeno de jornada de compra híbrida, que pode ir de on para off e vice-versa várias vezes.

Isso reforça outra tendência do varejo que tem sido muito comentada nos últimos anos: o omnichannel. Ou seja, a integração entre os diversos canais de relacionamento e venda da marca com o público. O consumidor brasileiro tem clareza do motivo pelo qual escolhe este ou aquele canal para realizar uma compra. Por exemplo, na pesquisa em questão, o principal motivo para comprar online é o preço. A maior desvantagem do e-shop são os custos de envio.

Assim, ao adotar o modelo ‘compre online, retire na loja’ nas lojas físicas, o consumidor tem todos os benefícios de comprar online sem os custos de frete. Além disso, essa opção traz a vantagem de um PDV físico, que é mais rapidez para ter o produto em mãos. Dessa forma, é possível ter mais atrativos para atrair o público. A Opinion Box revela que 84% das pessoas desejam a integração de lojas físicas e online.

Tendência 2: Vender através das redes sociais

O social commerce é outra das tendências do varejo para 2023. Ele diz respeito tanto às compras feitas diretamente nas redes sociais quanto àquelas que começam nas redes e vão, por exemplo, para uma loja virtual. No caso das compras diretas, 58% dos entrevistados afirmaram ter feito uma compra pelo WhatsApp. Essa prática também é bastante comum no Instagram, 47% do público apontou.

Quando se trata de compras que começam nas redes, as transmissões ao vivo levam a conversões de marca. Quatro em cada dez entrevistados dizem que fizeram uma compra depois de assistir a uma transmissão ao vivo. A rede preferida para isso é o Instagram, onde começaram 59% das vendas.

Mas o que realmente consolida o comércio social como tendência do varejo para 2023 é a satisfação do público. Ao comprar pelo WhatsApp, 87% das pessoas avaliam a experiência como boa ou excelente. No Instagram, o índice é de 85%. No Facebook, 80%. Roupas e cursos foram as categorias mais bem-sucedidas nesse quesito, mas a Opinion Box relata que cosméticos, calçados, celulares, maquiagens, livros, bolsas e acessórios e até alimentos se saíram bem com o social commerce.

Tendência 3: Tecnologia em peso no processo de compra

Uma descoberta importante da pesquisa é que 86% dos consumidores concordam que a tecnologia ajuda muito no processo de compra. Seja no próprio meio digital ou em uma loja física, a experiência do público pode ser potencializada por meios tecnológicos.

A tecnologia mais difundida nesse processo foi o código QR, que já aparece nos comerciais de TV da NSC. A tecnologia ou ferramentas mais utilizadas nas compras:

  • Códigos QR: 56%
  • Carteiras digitais para pagamentos: 53%
  • Chatbots: 30%
  • Vestiários virtuais: 18%
  • Realidade aumentada ou virtual: 9%